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O perigo do Status quo

  • 06 DE May DE 2022
  • Ricardo Missel

Por instinto, a maioria de nós busca por estabilidade e segurança em diversos contextos. Isso tem origem desde a época das cavernas, onde nossos antepassados lutavam diariamente para sobreviver. O maior reflexo desse comportamento é a nossa tendência de buscar a manutenção do status quo, que é a nossa vontade de manter as coisas como elas estão quando encontramos um “cenário ideal” ou um “porto seguro”. Isso serve para pessoas e negócios e reflete a nossa dificuldade normal em encarar a necessidade de mudanças e medo das incertezas.

Num mundo em constante transformação, incerteza e vulnerabilidade, qualquer comportamento que busque estabilidade e evite riscos é extremamente perigoso. Evitar o medo da mudança é um dos grandes bloqueadores da inovação. Quando acreditamos que nosso sucesso é inabalável, paramos no tempo e ficamos expostos a quem segue inovando e contestando o status quo, pois sabe que a liderança é traiçoeira e cada dia mais ameaçada por novos entrantes e ideias.

Aceitar a necessidade de se transformar independentemente do sucesso atual é a maior virtude de uma organização inovadora e dos profissionais que querem se manter no mercado preparados. Todo dia nascem novos negócios buscando novas soluções para os problemas que enfrentamos e pensando em novas formas de fazer o que os líderes fazem, só que melhor. Em um mundo globalizado, esse movimento é muito rápido e pode derrubar grandes empresas em um piscar de olhos. Quanto aos profissionais, a entrada das novas gerações no mercado de trabalho já indica uma mudança grande nesse sentido, pois os mais jovens já nascem com um mindset para necessidade de agilidade, flexibilidade e adaptação.

Reconhecer a necessidade de mudar e evitar o status quo é essencial para manter uma organização ativa e com boas perspectivas em qualquer setor, bem como profissionais bem preparados. A melhor resposta para isso é a inovação constante e o lifelong learning.