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A ciência do comportamento chegou

  • 13 DE September DE 2021
  • Ricardo Missel

Imagem: rawpixel.com

A utilização da ciência do comportamento no mundo dos negócios vem responder uma carência antiga da gestão de pessoas: o excesso de subjetividade nos processos relacionados aos recursos humanos. A partir dessa nova perspectiva científica, abre-se um novo campo de estudo e potencial para o desenvolvimento de práticas mais assertivas e adaptadas para os desafios dos negócios.

O principal objetivo é tentar compreender o porquê dos comportamentos, e não apenas identificá-los ou mensurá-los. Ao encontrar essas respostas é possível entender como funciona o processo decisório e a capacidade de raciocínio das pessoas em determinadas situações. É como se fosse possível prevermos comportamentos e antecipar os acontecimentos.

Quando falamos em recrutamento e seleção, a ciência do comportamento tem um objetivo principal bem específico: aumentar a assertividade na escolha dos melhores candidatos para determinada vaga. Um dos maiores gargalos nas organizações está diretamente relacionado ao tempo e ao custo de seleção de pessoas. Contratar a pessoa errada para uma vaga gera impactos negativos bastante difíceis de medir, mas muito fáceis de perceber. Por exemplo:

- Alto custo do processo de recrutamento;

- Custo e envolvimento no onboarding;

- Problemas de relacionamento com as pessoas;

- Dificuldades de adaptação cultural;

- Custos de contratação e rescisão contratual.

A tendenciosidade desses processos é evidenciada a partir de diversas pesquisas sobre o assunto, principalmente indicando que buscamos contratar pessoas semelhantes a nós, mesmo que isso não seja o indicado na maioria das situações. Essa é uma prática nada racional.

E não é apenas no momento do recrutamento que a ciência do comportamento é aliada das organizações. Ao montar os planos de ação para desenvolvimento das pessoas, a ciência pode indicar comportamentos e compreender os gatilhos que condicionam as pessoas a agirem de determinada maneira, ou até mesmo apontar quais são as práticas mais ou menos efetivas para determinado profissional. Assim, os treinamentos e ferramentas se tornam mais efetivos e adaptados, evitando investimentos de pouco retorno ou atratividade.

A tecnologia se aliou com a ciência humana e trouxe possibilidades infinitas nesse sentido. Cabe as organizações assimilar essas possibilidades e incorporar as novas ferramentas aos processos internos.